Desde a década de 80 estudiosos se debruçarem em produções teóricas e pesquisa relacionada à Matemática Moderna, movimento que segundo Batistella (2009) deu origem ao que hoje denominamos de Educação Matemática, no mesmo texto a autora diferencia a Educação matemática do Ensino de Matemática por conceber a mesma como meio de chegar aos resultados almejados, enquanto o Ensino de Matemática compreende que o ensino da matemática é o ensino dos conteúdos aos alunos. O Ensino de Matemática mantém um perfil tradicionalista de ensino, firmando-se em aulas expositivas, exercícios resolvidos e a reprodução destes modelos nas atividades, testes e provas.
Não era transmitida uma matemática para compreensão, muitos dos professores da disciplina não tinham formação na área, tendo apenas habilidades básicas, limitando a ensinar apenas aquilo que sabiam, alimentando a idéia de que a matemática não é para todos. O resultado desta triste realidade é o que temos hoje uma geração que não compreende e consequentemente não valoriza a matemática, nem aquele que se dispõe a ministrar aulas desta disciplina.
Neste contexto a matemática se torna mecanismo de poder onde, que detém este saber manipula informações, leva vantagens em negociações, dissemina falsas informações com respeito a determinado tema manipulando a opinião de grupos sociais que são desprovidos dos saberes matemáticos.
“Nossos professores de matemática eram rígidos, e utilizavam de palmatória e outras formas de castigos para nos fazer aprender matemática. Ai de nós se chegássemos ao final do ano e não soubéssemos as quatro operações, a tabuada, as frações ordinárias e decimais...” Jorge Rocha, 65 anos
Na década de 40 os professores não tinham formação para estar em sala de aula, bastava ter concluído o colegial ou estar no ginásio para ser convidado a lecionar à crianças do ensino primário ou aos jovens e adultos. Por não ter formação, muitos a maioria destes professores produziam uma aprendizagem superficial, e a disciplina com base em métodos agressivos, o fazer matemático não passava da ação mecânica de reproduzir exercícios discutidos em sala e aplicar fórmulas de origem não compreendida pelos alunos, e quem se ousava a questionar? O professor era o detentor de todo saber, enquanto o aluno era mero depositório deste saber.
Com o advento do movimento escolanovista, o debate no meio acadêmico tomou novos rumos, porém pouquíssimos educadores tinham acesso aos bancos da universidade, logo antes deste novo pensar chegar por completo ao âmbito escolar, foi barrado pelo governo ditatorial instituído por Vargas, temos novamente uma escola cujo foco deixa de o ser humano e sua capacidade de produção para atender às necessidades da indústria brasileira, o paradigma curricular americano é instituído no Brasil, e foco era preparar para o mundo do trabalho e não para o exercício da cidadania.
Mediante a pesquisa foi constatado que ente pessoas com idade acima de 20 anos tinham professores extremamente imponentes, tradicionais que mantinham pouco diálogo com os alunos, eram vistos como os “donos” do conhecimento. “Meus professores eram extremamente exigentes principalmente os do 2º grau, a gente a aprendia por medo ser reprovado por que a cobrança era muito grande” (Lauria Schweig,, 40 anos)
No entanto esse perfil profissional tem sofrido mudanças, desde a época do movimento da matemática moderna aos dias atuais tem-se discutido sobre uma matemática que vai além do fim em si mesma chegando ao nível de elaboração dos PCN’s onde fica evidente um ensino desta disciplina direcionado para aquisição de competências básicas pelo cidadão e não apenas voltada para preparação para estudos posteriores.
Dentre os entrevistados foi detectado que 100% destes mantinham um bom relacionamento com o professor de matemática, vendo-o como uma pessoa admirável, alguns chegaram a relatar que se tratava de um profissional com inteligência superior aos demais.
Os professores de matemática pós-modernos vivenciam uma maior influência da educação matemática, desde sua formação inicial universitária a atuação prática, pois os cursos voltados para formação continuada destes professores tercem o seu diálogo sob as teorias produzidas pela educação matemática, Apresentando indagações sobre as formas de avaliação, abordagem metodológica, organização curricular, interdisciplinaridade e formação para cidadania.
“Gosto muito de meu professor de matemática, pois ele explica tudo muito bem, sua forma de explicar deixa o conteúdo mais fácil.” (Mariana Dantas, 15 anos)
A entrevistada expõe características do professor de matemática contemporâneo, aquele que busca inovar suas práticas de ensino e envolve-se na busca de manter um relacionamento coerente e mais próximo com seus alunos.
Fica evidente que este profissional está diante de um paradigma educacional, que concebe o educando como um ser dinâmico, crítico e produtivo, e o professor como mediador entre as informações e experiências que estes alunos absorvem da sociedade contemporânea e a formação de saberes sistematizados pelos currículos escolares, o educador se torna agente de libertação tecendo competências e habilidades para uma formação cidadã, assumindo um papel sóciopolítico que exige que exige deste profissional criatividade, senso crítico informatividade e ação.
Referências Bibliográficas
Não era transmitida uma matemática para compreensão, muitos dos professores da disciplina não tinham formação na área, tendo apenas habilidades básicas, limitando a ensinar apenas aquilo que sabiam, alimentando a idéia de que a matemática não é para todos. O resultado desta triste realidade é o que temos hoje uma geração que não compreende e consequentemente não valoriza a matemática, nem aquele que se dispõe a ministrar aulas desta disciplina.
Neste contexto a matemática se torna mecanismo de poder onde, que detém este saber manipula informações, leva vantagens em negociações, dissemina falsas informações com respeito a determinado tema manipulando a opinião de grupos sociais que são desprovidos dos saberes matemáticos.
“Nossos professores de matemática eram rígidos, e utilizavam de palmatória e outras formas de castigos para nos fazer aprender matemática. Ai de nós se chegássemos ao final do ano e não soubéssemos as quatro operações, a tabuada, as frações ordinárias e decimais...” Jorge Rocha, 65 anos
Na década de 40 os professores não tinham formação para estar em sala de aula, bastava ter concluído o colegial ou estar no ginásio para ser convidado a lecionar à crianças do ensino primário ou aos jovens e adultos. Por não ter formação, muitos a maioria destes professores produziam uma aprendizagem superficial, e a disciplina com base em métodos agressivos, o fazer matemático não passava da ação mecânica de reproduzir exercícios discutidos em sala e aplicar fórmulas de origem não compreendida pelos alunos, e quem se ousava a questionar? O professor era o detentor de todo saber, enquanto o aluno era mero depositório deste saber.
Com o advento do movimento escolanovista, o debate no meio acadêmico tomou novos rumos, porém pouquíssimos educadores tinham acesso aos bancos da universidade, logo antes deste novo pensar chegar por completo ao âmbito escolar, foi barrado pelo governo ditatorial instituído por Vargas, temos novamente uma escola cujo foco deixa de o ser humano e sua capacidade de produção para atender às necessidades da indústria brasileira, o paradigma curricular americano é instituído no Brasil, e foco era preparar para o mundo do trabalho e não para o exercício da cidadania.
Mediante a pesquisa foi constatado que ente pessoas com idade acima de 20 anos tinham professores extremamente imponentes, tradicionais que mantinham pouco diálogo com os alunos, eram vistos como os “donos” do conhecimento. “Meus professores eram extremamente exigentes principalmente os do 2º grau, a gente a aprendia por medo ser reprovado por que a cobrança era muito grande” (Lauria Schweig,, 40 anos)
No entanto esse perfil profissional tem sofrido mudanças, desde a época do movimento da matemática moderna aos dias atuais tem-se discutido sobre uma matemática que vai além do fim em si mesma chegando ao nível de elaboração dos PCN’s onde fica evidente um ensino desta disciplina direcionado para aquisição de competências básicas pelo cidadão e não apenas voltada para preparação para estudos posteriores.
Dentre os entrevistados foi detectado que 100% destes mantinham um bom relacionamento com o professor de matemática, vendo-o como uma pessoa admirável, alguns chegaram a relatar que se tratava de um profissional com inteligência superior aos demais.
Os professores de matemática pós-modernos vivenciam uma maior influência da educação matemática, desde sua formação inicial universitária a atuação prática, pois os cursos voltados para formação continuada destes professores tercem o seu diálogo sob as teorias produzidas pela educação matemática, Apresentando indagações sobre as formas de avaliação, abordagem metodológica, organização curricular, interdisciplinaridade e formação para cidadania.
“Gosto muito de meu professor de matemática, pois ele explica tudo muito bem, sua forma de explicar deixa o conteúdo mais fácil.” (Mariana Dantas, 15 anos)
A entrevistada expõe características do professor de matemática contemporâneo, aquele que busca inovar suas práticas de ensino e envolve-se na busca de manter um relacionamento coerente e mais próximo com seus alunos.
Fica evidente que este profissional está diante de um paradigma educacional, que concebe o educando como um ser dinâmico, crítico e produtivo, e o professor como mediador entre as informações e experiências que estes alunos absorvem da sociedade contemporânea e a formação de saberes sistematizados pelos currículos escolares, o educador se torna agente de libertação tecendo competências e habilidades para uma formação cidadã, assumindo um papel sóciopolítico que exige que exige deste profissional criatividade, senso crítico informatividade e ação.
Referências Bibliográficas
BATISTELA, Rosimeire de Fátima. Formação de professores de matemática. Curso UNEB EAD – Licenciatura em Matemática – Universidade Aberta do Brasil. Salvador. 2009.
CARRETONI, Maria L. Zamarion et AL. Iniciação Matemática. Campinas: UNICAMP, 1986. v.I.
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação Matemática: Da Teoria à Prática. Campinas, São Paulo: Papirus, 14ª Ed. 2007.
FRARE, José Luiz. “Eu Detesto Matemática”. Revista Nova escola. Editora Abril. São Paulo. Maio/1990
MIORIM, Maria Ângela. Introdução à história da educação matemática. São Paulo: Atual,1998.
PAIS, Luis Carlos. Ensinar e Aprender Matemática. Belo Horizonte: Autêntica,
LINS, Rômulo Campos. Perspectivas em Educação Matemática. SBEM. 2007.
PONTE, J. P. A investigação sobre o professor de Matemática: problemas e perspectivas. Disponível em: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/jponte/artigos_pt.htm. Acessado em 11 de janeiro de 2008.
SOVERAL, Arnaldo. Práticas de ensino. Revista Pedagógica Brasileira. (s/d)
PACCA, Jesuína L. A.; ZUFFI, Edna M. Sobre funções e a linguagem matemática de professores do ensino médio. Zetetiké, Campinas, v.8,n. 13/14, p. 7-28, jan/dez. 2000.
CARRETONI, Maria L. Zamarion et AL. Iniciação Matemática. Campinas: UNICAMP, 1986. v.I.
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação Matemática: Da Teoria à Prática. Campinas, São Paulo: Papirus, 14ª Ed. 2007.
FRARE, José Luiz. “Eu Detesto Matemática”. Revista Nova escola. Editora Abril. São Paulo. Maio/1990
MIORIM, Maria Ângela. Introdução à história da educação matemática. São Paulo: Atual,1998.
PAIS, Luis Carlos. Ensinar e Aprender Matemática. Belo Horizonte: Autêntica,
LINS, Rômulo Campos. Perspectivas em Educação Matemática. SBEM. 2007.
PONTE, J. P. A investigação sobre o professor de Matemática: problemas e perspectivas. Disponível em: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/jponte/artigos_pt.htm. Acessado em 11 de janeiro de 2008.
SOVERAL, Arnaldo. Práticas de ensino. Revista Pedagógica Brasileira. (s/d)
PACCA, Jesuína L. A.; ZUFFI, Edna M. Sobre funções e a linguagem matemática de professores do ensino médio. Zetetiké, Campinas, v.8,n. 13/14, p. 7-28, jan/dez. 2000.